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quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Cortaram a língua dos Stones no Super Bowl

Os Rolling Stones foram censurados no domingo durante sua performance no intervalo do Super Bowl, a final de futebol entre os Seattle Seahawks e os Pittsburgh Steelers (vencedores). Foram três músicas em 12 minutos, Start me up, Rough Justice e Satisfaction. Na primeira, cortaram o final do verso "you make a dead man come" (você faz morto gozar). Na segunda foi cortada a palavra "cocks", que tem sentido de "galo" na letra, mas também pode ser pênis.

É mais um exemplo de como a liberdade de expressão funciona na terra de George W.Bush. A transmissão teve um delay de cinco segundos para que a censura fosse feita por quatro caras do departamento de padronização, ou algo parecido, da rede ABC, de prontidão numa mesa de corte em Nova York. Antes da transmissão, o diretor de broadcasting da Liga Nacional de Futebol, Charles Coplin, admitiu de cara limpa que vetaria certas músicas, incluindo Sweet Neo Con, do último disco, A bigger bang, uma crítica à política do atual governo. "Isso não seria aceitável. Temos poder de veto sobre certas canções, mas também entendemos que eles são artistas e tentamos permitir que eles o sejam".Tentamos permitir é muito bom...

Na semana passada, antes da transmissão, Jagger tirou sarro deste clima repressivo, dizendo que a censura era porque Aretha Franklin, que cantou o hino nacional, ia mostrar os seios, uma referência ao incidente com Janet Jackson em 2004, usado como pretexto para a censura. Fiéis à sua antiga rebeldia, eles escolheram três canções de fortes conotações sexuais e Jagger fez a sua coreografia sacana de sempre. O palco foi a língua que é a marca da banda desde 1971, coberta na parte central com um pano vermelho e branco que foi tirado na primeira música, revelando uma multidão lá dentro. Antes de cantar Satisfaction, Jagga brincou que poderia ter cantado esta canção no primeiro Super Bowl. Vi uns pedaços do jogo, doideira total, porradaria, ninguém se entende, parece luta livre
.

 

Fonte:JamSessions - O Globo


 
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