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segunda-feira, agosto 14, 2006

Quem domou a fera !!! (entrevista Rock Brigade)
 
 
Caso Ritchie Blackmore não tivesse pegado uma guitarra e formado o Deep Puprle, lá nos anos 60, o mundo certamente seria um lugar muito pior do que já é. Só que, há mais de uma década, ele resolveu desligar os amplis e se enveredar por um caminho totalmente novo com o Blackmore’s Night. Ao seu lado nessa empreitada está ninguém menos que sua esposa, a encantadora vocalista Candice Night, com quem ele vem gravando e apresentando um repertório baseado na música renascentista. O mais novo lançamento dos dois é o álbum The Village Lanterne e foi para falar dele e de tudo mais que cerca a dupla que conversamos com a bela Candice.

ROCK BRIGADE – Vamos recordar um pouco a história de vocês. Como começou o Blackmore’s Night?
CANDICE NIGHT –
Bem, eu conheci Ritchie num jogo de futebol, em 1989. Eu trabalhava numa estação de rádio e, após o jogo, começamos a conversar. Acabamos ficando amigos, ele me mandava cartões postais de todas as partes do mundo para onde ia e muitas vezes telefonava só para bater papo. Com o tempo, nossa relação sofreu uma evolução natural e começamos a ficar juntos. Em 93, ele me levou numa turnê com o Deep Purple e perguntou se eu toparia fazer alguns backing vocals na música Difficult To Cure, que era o momento em que ele fazia seu solo. Então, minha primeira participação num show foi diante de 15 mil pessoas, na Checoslováquia! Só que eu ficava meio encoberta pelos amplificadores e, no dia seguinte, os jornais disseram que Jon Lord devia ter disparado o sampler de um vocal feminino no teclado [risos]! Logo depois, Ritchie saiu da banda e reformou o Rainbow. Em 95, ele ficou por quase cinco meses numa fazenda em Massachusetts gravando Stranger In Us All [único disco que resultou dessa reunião]. Um dia, ele comentou comigo que o vocalista estava demorando muito para fazer as letras e perguntou se eu podia ajudar. Eu tinha umas poesias escritas e ele tocou algumas músicas pra mim no telefone mesmo. Então, decidimos que eu tinha que me juntar a ele. No caminho até Massachusetts, que ficava a cerca de uma hora e meia de onde eu estava, escrevi mais catorze versos para aquela música que ele havia tocado ao telefone. Quando cheguei, o produtor deu uma olhada no que eu tinha feito e adorou. Foi assim que surgiu [a música] Ariel. No fim das contas, eu escrevi as letras para quatro músicas desse álbum. E, enquanto Ritchie esperava que os outros músicos completassem a gravação do disco, ele ficava ouvindo música renascentista.

RB – Então, ele sempre se interessou por esse tipo de música.
CANDICE –
Ele nunca foi de ouvir rock. Ele sempre ouvia música renascentista dos séculos XV e XVI. Ele estava procurando por algo que fosse um desafio para ele, que o fizesse superar seus limites e achou isso nesse tipo de música. Ele está sempre às voltas com instrumentos como hurdy-gurdy [instrumento de cordas da era medieval], bandolim e outros pouco comuns e fica aprendendo a tocá-los. Mas ele não toca como um músico medieval, ele os pluga num amplificador e toca como se fossem guitarras [risos]!

RB – Por outro lado, ele já colocou o hard rock em vários discos do Blackmore’s Night.
CANDICE –
Na verdade, você pode perceber essa mistura de hard rock e música renascentista em vários trabalhos dele. Isso fica bem nítido em músicas como Temple Of The King e Sixteenth Century Greensleeves [ambas do disco de estréia do Rainbow, Ritchie Blackmore’s Rainbow, de 75] ou mesmo em Smoke On The Water. Ele usa escalas modais de música medieval que deixam os temas instigantes e até um pouco obscuros.

RB – Quando começou esse trabalho com o Ritchie, você chegou a pensar que poderia não funcionar?
CANDICE –
Quando nós começamos a compor, a idéia nem era lançar. Nós fizemos só pra dar uma fugida do rock. Acho que ele fez isso como uma fuga das influências negativas. Ele vinha tendo atritos com os outros músicos da banda há muito tempo e muitas coisas o estavam afastando do caminho que devia seguir. Quem conhece Ritchie sabe que, se você fala para ele ir por um caminho, ele vai pelo caminho totalmente oposto. E quando a gravadora começou a pressioná-lo em relação à linha que seu novo trabalho teria ou sobre quem estaria com ele nesse disco, ele ficou completamente insatisfeito. Então, começamos a escrever esse material e isso acabou abrindo um mundo novo diante dele. Ele é um músico que consegue tocar tudo o que quiser. Se ele estiver a fim de tocar um folk à la Bob Dylan ou Joan Baez ou um pop ou mesmo música renascentista, ele toca.

RB – Acho que ninguém duvida que Ritchie Blackmore é capaz de tocar o que quiser.
CANDICE –
E hoje em dia ele até sorri no palco de vez em quando [risos].
 
RB – Que loucura, não dá pra imaginar o “homem de preto” se desmanchando em sorrisos em cena!
CANDICE –
Não, é claro [risos]. Ele ainda tem um temperamento difícil…

RB – Por que você acha que o trabalho do Blackmore’s Night acabou funcionando tão bem?
CANDICE –
Acho que muita gente está cheia das coisas que são enfiadas garganta abaixo pelas rádios e pela MTV. Os americanos dizem que nos EUA há bastante variedade de escolha e eu acho que muita gente já percebeu isso e começou a procurar por coisas novas e diferentes. Quando nós começamos esse trabalho, atuamos como verdadeiros desbravadores. Mas muita gente começou a se interessar e a gostar de nossa música e hoje temos milhares de fãs.

RB – Em que aspectos o novo disco, The Village Lanterne, difere dos anteriores?
CANDICE –
Eu considero cada álbum nosso uma evolução natural em relação aos anteriores. Mas nós não entramos no estúdio com tudo meticulosamente planejado. Nós vamos com as músicas escritas, é claro, mas elas são só esqueletos, temos apenas as partes de violão e as letras. No estúdio, nós definimos os arranjos e a instrumentação em geral. Analisando hoje, eu acho que nosso primeiro disco tem uma inocência incrível, até mesmo uma grande ingenuidade, principalmente porque eu nunca tinha cantado antes – e mesmo para Ritchie era algo totalmente novo. Hoje, dez anos depois, minha voz está muito mais desenvolvida, além de eu estar imensamente mais confiante após todas as turnês que fizemos mundo afora. Acho que não só minha voz evoluiu, como também a parte instrumental melhorou muito, até porque hoje não estamos fazendo simplesmente música renascentista, tem muito mais rock nela. Agora, podemos incorporar inúmeros instrumentos que dão um colorido todo especial às músicas. E acho que o novo disco traz isso de forma bastante evidente, ele é o mais consistente que já fizemos.

RB – No novo disco há versões para Child In Time [do Deep Purple] e Street Of Dreams [do Rainbow] que ficaram muito interessantes na sua voz.
CANDICE –
A primeira música antiga de Ritchie que incluímos no nosso repertório foi Ariel, num arranjo que a transformou num power rock. Uma história interessante é que nós tocamos Child In Time quase toda noite e, numa dessas vezes, o primeiro empresário de Ritchie foi ver o show e, depois, comentou que não ouvia essa música ser interpretada de forma tão bonita há mais de 30 anos! Ele estava muito feliz por vê-la recuperada, já que eu acho que eles [o Deep Purple] a aposentaram porque Gillan não consegue [interrompe a frase]…

RB – …alcançar aquelas notas?
CANDICE –
É você quem está dizendo [risos]…

RB – Street Of Dreams aparece duas vezes no disco, uma delas com participação de Joe Lynn Turner.
CANDICE –
Essa é uma das músicas favoritas de Ritchie e ele ficou muito feliz por poder regravá-la. Eu costumava cantarolar essa música em casa e ele sempre dizia que adorava o jeito como eu a cantava. Já Joe é um dos caras que continuam em contato permanente com Ritchie – um dos poucos, diga-se. Ele é um sujeito muito positivo e sua voz é ótima! Uma vez ele comentou que adorava o nosso trabalho e que ficaria muito feliz de participar de algum disco se nós quiséssemos. Um dia, eu estava cantando Street Of Dreams pela casa e Ritchie falou que seria ótimo regravá-la com a participação de Joe. Nós o convidamos, ele aceitou, nós mandamos a base para ele e, quando ouvimos o que ele mandou, ficamos muito impressionados. Achei que ficou uma excelente versão e, mais que isso, foi uma resposta para um monte de gente…

RB – Mudando de assunto, você fez uma participação no novo disco do Helloween.
CANDICE –
No início, eu não estava me sentindo muito confiante, já que achava que minha voz não tem nada a ver com o heavy metal que eles fazem. Então, eles me mandaram as músicas de seu novo disco e uma das faixas era uma balada meio no estilo do Evanescence, que é uma banda que eu adoro. Eu me apaixonei por essa música, Light The Universe, e eles adoraram o que fiz nela. Acho que ela vai ser lançada como single e deve ser gravado um vídeo dela em breve.

RB – Você já se sentiu tentada a fazer um trabalho voltado ao rock e num estilo mais agressivo fora do Blackmore’s Night?
CANDICE –
Eu já pensei nisso. Estou muito feliz com o que estou fazendo, só que eu gosto de coisas diferentes. Eu tenho escrito minhas músicas e todo ano falo pra mim mesma: “Preciso gravar isso num disco solo!” Só que o Blackmore’s Night toma todo o meu tempo – o que é ótimo, porque, mais que minha prioridade, é minha paixão. Mas quem sabe no futuro eu não consiga gravar isso?

RB – Você se dá tão bem cantando as músicas clássicas do Ritchie que vocês poderiam pensar em reformar o Rainbow com você nos vocais.
CANDICE –
É uma idéia interessante [risos]. Preciso lembrar disso, seria muito interessante mesmo. E fico feliz por você sugerir isso de forma tão entusiasmada, isso me faz pensar ainda com mais carinho no assunto [mais risos].

RB – Vocês estão saindo em turnê?
CANDICE –
Acabamos de tocar na Rússia, Finlândia e República Checa. Estamos em casa agora, mas já estamos planejando gravar um disco nessas férias. Há mais shows sendo marcados, quem quiser ficar informado pode checar no nosso
site. E eu adoraria ir novamente à América do Sul. Eu estive lá com o Ritchie há alguns anos, quando ele tocou com o Rainbow e eu adorei. Nós recebemos muitos e-mails de fãs do Brasil, Argentina e Chile e queríamos muito tocar lá.

RB – São conhecidas as histórias de desentendimentos entre Ritchie e seus parceiros de música, mas parece que isso nunca aconteceu com você.
CANDICE –
Alguém tem fazer com que ele baixe a bola [risos]. Mas é simples, porque nós temos um acordo: ele é o chefe no palco e no resto do tempo quem manda sou eu [mais risos].

RB – Lógico, nem poderia ser de outra forma… Afinal, você tem algo que Ronnie James Dio e Ian Gillan não têm.
CANDICE –
Exato [risos]. E sou eu quem faz as compras e cuida da cozinha. Então, se ele tem que falar comigo, precisa ser com jeito. Afinal, ele está nas minhas mãos [mais risos].
 
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